A Turma do Teatrão existiu em Varginha, MG, de 1969 a 1973, por mim idealizada, e fundada com o entusiasmo e o empenho de Célio Segundo Salles, Michel Pedro Filho, Mauro Teixeira, Márcia Marília Biscaro Moreira, Lúcia Helena de Assis Paiva, Getúlio Mota Neto, Elzinha Mota, Paulo Sérgio de Assis Paiva, Stéfani de Salles, Eny Pereira, Nilson Antônio Ribeiro, Otacílio Misael Correia Pereira e Lucídio Wagner Pires.
Sua primeira apresentação foi na cidade de Paraguaçu com o espetáculo Showriso de Mulher. Em Varginha, estreou no Theatro Capitólio com a Criação do Mundo pelo Método Confuso, Teatrão Com Sol de Primavera, Está Faltando Você, todas em criação coletiva. Viajou por inúmeras cidades de Minas com repertório variado, sempre obtendo grande aceitação. Em Boa Esperança, MG, participou do I Festival de Música, em 1970, obtendo 1º lugar.
Tínhamos um Patrono de corpo presente, e presença mais do que constante, o cantor, músico e compositor Sílvio Brito, que ainda não havia explodido na mídia e era o band leader do conjunto Os Apaches. Foi elevado à categoria de Patrono, num gesto de agradecimento de Célio Segundo Salles: Sílvio Brito emprestava seus músicos, aparelhagem de som, levava o elenco em sua kombi às cidades próximas em dia de espetáculo e ainda pagava a gasolina. O patrono e benfeitor assistia a todos os nossos espetáculos, aplaudia calorosamente e ainda pagava ingresso para entrar.Como é de costume acontecer com manifestações culturais neste país, a Turma do Teatrão foi forçada a encerrar suas atividades em 1973 por absoluta falta de recursos financeiros e excesso de cansaço e desânimo.
Este poema com jeitão de "repente" e que lembra o poeta do absurdo José Limeira fazia parte do espetáculo, dito em cena por todo o elenco feminino. Era nosso "cartão" teatral de visitas, nossa cédula de identidade.