Mas, o que é isso? De
repente, eu tento. Tente. Tonto.
Tanto entroncamento. Eu
muito à vontade numa
isolação irracional. Com
a certeza tesa de
que já não existe mais nada por acontecer.
Karisme,
o que é isso? Eu
me vejo de repente roendo o seu pescoço. É
como se houvesse um osso e um dente único canino
canhoto
que
rói rói rói.
É
dor, Karisme e eu me aparto da tristeza e do ódio, mas
acuso: dói. É
como se ninguém mais fosse. É
como se ninguém mais desse. É
como se ninguém morresse.
Rói,
Karisme, temperamental e ausente. Morde
nos teus dentes minha ausência e sangre. Embrenha,
berre, sangue, alunação pungente. Eu
me dou inteiro: corta, é teu ―evolução na lama, aurore ― eu
mato: entenda.
E
vagarosamente me descolo de teu colo cálido com
a mansidão macia das serpentes. Pisa,
é teu. É
dor e dói, mas pisa. Faz
acontecer amor a mais, amai,
mas crede, crie. Grite ―endoideceu o dia. Debrucei
demais num desespero, acorda! Vem,
que eu faço ficar roxo, nem
que o dia se funda em maldição total, nem
que eu me gangrene todo na descoberta de teu ódio, nem
que eu me despedace e me esfacele no teu vômito, nem
que eu morra... Mate e me olhe: crie!