POEMA QUE IA SER PROTESTO

Erguendo a taça baça em brinde fraternal
o negro abraça o branco.

Lá fora, a noite negra é de notória inércia.
Monotonia fria.
Vento a zunir no zinco.
Monótona matraca.

Erguendo a taça baça
o branco abraça o negro em brinde fraternal.

Porém, agora, fora, o clima é calmo e cálido.
E vê-se, enfim, brotar da esbranquiçada bruma,
brilhante e branca a lua a se integrar na noite.

São Paulo 1966


© 2022 Marcos Resende
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora